Mais Recentes:

O Hobbit - A Batalha dos Cinco Exércitos - Avaliação!

Em 2012 O Hobbit chegou às telonas com "Uma Jornada Inesperada", a volta a Terra Média foi nostálgica, após muitos anos estávamos de volta a aquele universo mágico. Em 2013 foi a vez de "A Desolação de Smaug" chegar às telonas e a jornada de Bilbo e a comitiva dos anões ganhou tons mais sombrios. Agora em 2014 o último capítulo da trilogia chegou às telonas, o filme era um dos mais esperados do ano por muitos.


As mesmas pessoas que esperavam o filme eram as mesmas que temiam que o último capítulo fosse massante. Os fãs de Tolkien sabiam que o livro não era suficientemente grande para dar origem a 3 filmes, ainda mais filmes tão longos quanto os dirigidos por Peter Jackson (todos com mais de 2 horas). O temor tornou-se realidade, o desfecho da trilogia tornou-se desnecessário, o filme não tinha mais história pra contar, os personagens que foram desenvolvidos ao longo da saga se perderam pelo caminho, tornaram-se dispensáveis, as relações não funcionavam, cenas mal trabalhadas puderam ser vistas aos montes, a computação gráfica tão perfeita nos primeiros filmes falhou em alguns momentos do novo longa. A insistência em ligar esta trilogia com "O Senhor dos Anéis" também incomodou, houve uma preocupação excessiva em tentar explicar alguns fatos que não necessitavam ser esclarecidos e tão pouco fizeram diferença no filme.


A história não fluiu como Jackson esperava e quando fluía era porque Bilbo e Thorin estavam envolvidos. Um dos pontos fortes do filme foi exatamente a atuação de Richard Armitage (Thorin) e Martin Freeman (Bilbo), além deles também cabe um elogio a Benedict Cumberbatch que emprestou sua voz ao dragão Smaug. Personagens que outrora pareciam "épicos" agora foram reduzidos a pó, um exemplo disso é Legolas (Orlando Bloon) que foi apresentado como um grandioso guerreiro elfo e agora parecia um garotinho chateado porque perdeu a namoradinha para outro. E por falar nisso o romance entre Tauriel (Evangeline Lilly) e Kili (Aidan Turner) foi algo que definitivamente não funcionou, a dupla não tinha química e a presença de Tauriel apenas atrapalhou o desenvolvimento do filme já que a mesma "desfigurou" a imagem de Legolas e não convenceu em sua relação com Kili.


A batalha do título também não conseguiu entusiasmar basicamente tornou-se uma enorme bagunça de pancadas e porradas, totalmente diferente das batalhas que acompanhamos em seus antecessores, principalmente nas batalhas de "A desolação de Smaug" que foram o ponto forte do filme. Algo que ainda pode ser percebido foi o estilo de luta diferenciado de cada povo, os elfos organizados, leves e habilidosos, os anões brutos e estratégicos, os orcs "burros", desajeitados e sem estratégia alguma, e os humanos, sem muita habilidade, mas com força de vontade. O problema da "bagunça" gerada na guerra foi o fato de dificultar essa percepção de diferentes estilos presentes no filme. E por falar em estilos, o estilo de Peter Jackson podia ser percebido durante o filme com uma quantidade exagerada de closes e cenas em câmera lenta, tal exagero também influenciou para uma experiência não tão agradável quanto a de seus antecessores.


A jornada pela Terra Média acabou, se por enquanto ou para sempre não podemos saber com precisão, a vontade dos fãs após este filme é a de que façam mais adaptações, querem voltar à Terra Média, querem poder ver um filme novamente à altura da obra de J.R.R. Tolkien, filme esse que não pudemos ver no desfecho da trilogia O Hobbit!

Nota: 6,5 (Regular)

Por: Gustavo Lopes
Share on Google Plus
    Blogger Comment
    Facebook Comment

0 comentários:

Postar um comentário